
Locomotiva do tipo Pacific, construída pelo tradicional fabricante Baldwin Locomotive Works, dos Estados Unidos, para as linhas de bitola métrica da E.F.Oeste de Minas em junho de 1912, como parte de uma encomenda de nove unidades destinadas a serviços de carga e passageiros nas linhas da Estrada. De acordo com o historiador Welber L. Santos, quando de sua entrada em serviço, recebeu originalmente a matrícula EFOM 80, até ser renumerada definitivamente como RMV 315 em 1939. Trabalhou em serviço regular por toda a malha da companhia até o final da década de 1960, quando, já no período da Viação Férrea Centro-Oeste (VFCO), foi baixada do quadro de tração e recolhida à rotunda de Ribeirão Vermelho. Posteriormente, quando do esvaziamento da rotunda, permaneceu por muito tempo encostada no pátio de Engenheiro Bhering, em Lavras, até ser cedida ao município de Ribeirão Vermelho na qualidade de monumento estático em agosto de 1996. Apesar dos inúmeros danos sofridos por conta da monumentalização em praça pública, a perspectiva de melhores condições para sua preservação em caráter museológico permitirá dias melhores para a centenária locomotiva, já com seus 112 anos de existência.
Fonte: Márcio Salviano Vilela - Sobre Trilhos - 1998 / João Marcos de Souza Pinheiro
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A primeira estação ferroviária do que posteriormente seria a povoação de Ribeirão Vermelho teve suas obras iniciadas em 1887, cumprindo o objetivo da Cia. E.F. Oeste de Minas de conectar os trilhos da E.F. Dom Pedro II, em Sítio (atual Antônio Carlos) às margens navegáveis do Rio Grande, servindo como ponto final de parada dos trens da “bitolinha” no ramal de Lavras a partir de 1889. A estação atual possui sua data de construção estimada entre 1894 e 1896, já por empreendimento da companhia Brazilian Contracts Corporation, em contraste com a data comemorativa de seu centenário afixada no saguão, erroneamente estabelecida como 1888 – um engodo ocasionado pela abertura da antiga estação ás margens do Rio Grande, que se perderia na grande enchente de 1906.
Sendo principal ponto de integração entre as linhas da Oeste e o serviço de navegação fluvial a vapor no Rio Grande, a Estação de Ribeirão Vermelho foi projetada para concentrar as operações logísticas da Estrada no vale do Rio Grande, o que lhe conferia uma distinção morfológica e de desenho da grande maioria das estações da EFOM em atividade quando de sua abertura. Com linhas ecléticas e duas extensas plataformas que permitiam receber trens simultaneamente em todos os fluxos de convergência e em ambas as bitolas que operava, a Estação de Ribeirão Vermelho destacava-se como importante ponto de gerenciamento e operações para o prolongamento da ferrovia na bitola métrica que demandavam ao norte, o Estado de Goiás, e ao sul, o Estado do Rio, viabilizando o embarque, desembarque, transbordo e baldeação de cargas e passageiros. Em suas dependências era destacado ainda um numeroso quadro de funcionários, como o chefe de estação, o agente e seus respectivos auxiliares, conferentes, embarcadores, despachadores, operadores de rádio e telegrafistas, estes últimos alocados na ampla sala do telégrafo de aparelhos Morse instalados no segundo pavimento da edificação.
Mesmo com a desativação das oficinas e do depósito de Ribeirão Vermelho, em 1968, a Estação Ferroviária continuou em atividade, servindo como ponto de embarque e desembarque de passageiros do trem de subúrbio para Lavras e o tradicional trem de longa distância da RFFSA de Barra Mansa a Ribeirão Vermelho até sua desativação, em 1996, além de se constituir em posto avançado da Tur-ma de Pontes até sua dissolução. Nos anos 2000 e 2010, abrigou em caráter precário o Centro de Referência em Assistência Social de Ribeirão Vermelho (CRAS-Esperança), até que o serviço ganhasse suas próprias instalações. Hoje, o edifício encontra-se em franco processo de restauração, assegurando sua conservação e perpetuidade para o futuro.
Fonte: Márcio Salviano Vilela - Sobre Trilhos - 1998 / Ementários da História de Ribeirão Vermelho - 2003 / Marcelo Teodoro de Oliveira
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