Edifício cuja construção serviu, especificamente, ao refeitório da Estrada de Ferro Oeste de Minas (*inicialmente era destinado ao "Armazém A"), administrado em sistema de concessão, destinado aos passageiros que pernoitavam ou que faziam baldeação em Ribeirão Vermelho. Posteriormente, em meados da década de 60, esse edifício sofreu adaptações para ser utilizado como escritório do setor de “ Turma de Pontes ”, também sediado em Ribeirão Vermelho, sendo desativado em 1981 quando o setor de Turma de Pontes transferiu-se para o edifício que serviu a Cooperativa do Serviço de Subsistência Reembolsável da Rede Mineira de Viação.  Estabelecimento complementar aos serviços de embarque e desembarque de passageiros da estação, o Restaurante atendia aos viajantes que pernoitavam ou que faziam a baldeação de trens mistos ou noturnos procedentes de Uberaba, Belo Horizonte, São João del Rei, Barra Mansa, Cruzeiro, etc., em conexão com outras ferrovias em diversos horários que cruzavam as chaves de Ribeirão Vermelho. Tem sua importância histórica peculiar como ponto de paragem dos viajantes associada a culinária regional onde se comia os variados pratos que constituíam a mesa da tradicional família ferroviária, destacando-se os que acompanhavam a carne assada de animais silvestres entre os quais figuram a Capivara e a Paca, na ocasião, bastantes comuns nesta zona, os pescados, tais como o Dourado e a Traíra, além da goiabada, do melado com queijo, do canudo de doce de leite, primitivamente moldado com "bambu do reino" e a tradicional geleia de mocotó produzida nos arredores rurais do município.

Fonte: Márcio Salviano Vilela - Sobre Trilhos - 1998 / Ementários da História de Ribeirão Vermelho - 2003

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Alessandro de Castro Alonso