A locomotiva a vapor tipo Pacific N.º 315, marca Baldwin Works, ano 1912, foi concedida ao município de Ribeirão Vermelho através do Termo Aditivo N.º 02 ao Convênio 036/96 celebrado em 21 de junho de 1996, entre a RFFSA/PROFAC e a Prefeitura Municipal com o objetivo de recuperar, manter e preservar, para fins culturais a ser colocada em local público. Desativada com o advento das locomotivas diesel-elétrica no final da década de 50, a Locomotiva N.º 315 encontrava-se encostada no distrito da RFFSA de Engenheiro Bhering (Estação de Prudente), sendo restaurada nas oficinas de Lavras por uma equipe de profissionais ferroviários qualificados previamente contratada pelo Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de Ribeirão Vermelho. Aos 31 de agosto de 1996 o município de Ribeirão Vermelho recebia a Locomotiva N.º 315 que deixava as oficinas de Lavras e retornava em definitivo para esse importante complexo ferroviário onde atualmente constitui uma das principais peças da memória ferroviária de Ribeirão Vermelho.
Fonte: Márcio Salviano Vilela - Sobre Trilhos - 1998
- Detalhes
- Escrito por: Alessandro C Alonso
- Categoria: Geral
- Acessos: 187
- Detalhes
- Escrito por: Alessandro C Alonso
- Categoria: Geral
- Acessos: 292
- Detalhes
- Escrito por: Alessandro C Alonso
- Categoria: Geral
- Acessos: 479
A Estação de Ribeirão Vermelho construída na margem direita do Rio Grande a uma altitude de 737,5 m, no ramal de Aureliano Mourão na posição quilométrica N.º 48, e que recebeu no ramal de Barra Mansa a Patrocínio a posição quilométrica N.º 293,895, foi inaugurada pela Cia. Estrada de Ferro Oeste de Minas com o nome de Estação de Lavras, (*a estação atual de Ribeirão Vermelho foi inaugurada em 14/04/1889, embora o ramal tenha iniciado o tráfego provisório em Junho/1888) ocasião em que predominava o capital inglês na construção das principais ferrovias brasileiras, sendo seu primeiro Agente José Pedro de Castro e Guarda-Chaves Bernardo Loureiro Dias. De acordo com a importância econômica da região na qual foi instalada, a Estação de Ribeirão Vermelho foi projetada com característica e padrão de médio porte, ocupando maior área, o que diferenciava das estações rurais de arquitetura simples e das estações de grande porte que eram construídas nas capitais ou em cidades de grande fluxo de cargas e passageiros, exibindo formas palacianas. Em 26 de novembro de 1889, através do decreto N.º 9.811, esta estação passou a ser denominada “ Estação do Ribeirão Vermelho ”. Primitivamente, a Estação de Ribeirão Vermelho construída em posição geográfica estratégica, destacou-se como importante ponto de gerenciamento e operações para o prolongamento da ferrovia na bitola métrica que demandavam ao norte, o Estado de Goiás, e ao sul, o Estado do Rio, comportando simultaneamente em suas chaves as bitolas 0,76 m e 1,00 m, que serviam a baldeação de materiais via Aureliano Mourão, São João del Rei e Estação de Sítio na Central do Brasil. Seu quadro de empregado além do chefe da estação e seus auxiliares como o agente, compunha-se de vários telegrafistas que trabalhavam no 2º pavimento onde estava instalada a sala de aparelhos morses, vários guarda-chaves que faziam os serviços de cancelas, manobras e bagagens, vários conferentes e seus auxiliares que atuavam no armazém da baldeação, o escalador de condutores de trens, etc. Em toda a extensão da Oeste de Minas, a Estação de Ribeirão Vermelho figura ao lado das estações de São João del Rei, Oliveira e Divinópolis, como uma das principais no movimento de passageiros, transportes de mercadorias, produtos de importação e exportação, ressaltando-se entre eles o sal, o cimento e o café, respectivamente.
Fonte: Márcio Salviano Vilela - Sobre Trilhos - 1998 / Ementários da História de Ribeirão Vermelho - 2003 / * Marcelo Teodoro
- Detalhes
- Escrito por: Alessandro C Alonso
- Categoria: Geral
- Acessos: 163